domingo, 29 de novembro de 2015

A PARÁBOLA DOS TRABALHADORES DA ULTIMA HORA


A PARÁBOLA DOS TRABALHADORES DA ULTIMA HORA

(Mateus, capítulo 20, versículos 1 a 16)

 1 PORQUE o reino dos céus é semelhante a um proprietário, que saiu de madrugada a assalariar trabalhadores para a sua vinha.

2 E feito com os trabalhadores o ajuste de um denário por dia, mandou-os para a sua vinha.

3 Tendo saído cerca da hora terceira, viu estarem outros na praça desocupados.

4 E disse-lhes: Ide também vós para a minha vinha, e vos darei o que for justo. E eles foram.

5 Saiu outra vez cerca da hora sexta e da nona, e fez o mesmo.

6 E cerca da décima, saiu e achou outros que lá estavam, e perguntou-lhes: Por que estais aqui todo o dia desocupados?

7 Responderam-lhe: Porque ninguém nos assalariou. Disse-lhes: Ide também vós para a minha vinha.

8 À tarde, disse o dono da vinha ao seu administrador: Chama os trabalhadores e paga-lhes o salário, começando pelos últimos e acabando pelos primeiros.

9 Tendo chegado os que tinham sido assalariados cerca da décima hora, receberam um denário cada um.

10 E vindo os primeiros, pensavam que haviam de receber mais; porém, receberam igualmente um denário cada um.

11 Ao receberem-no, murmuravam contra o proprietário, alegando:

12 Estes últimos trabalharam somente uma hora, e os igualaste a nós que suportamos o peso do dia e o calor extremo.

13 Mas o proprietário disse a um deles: Meu amigo, não te faço injustiça; não ajustaste comigo um denário?

14 Toma o que é teu, e vai-te embora; pois quero dar a este último tanto como a ti.

15 Não me é lícito fazer o que me apraz do que é meu? Acaso o teu olho é mau, porque eu sou bom?

16 Assim os últimos serão primeiros, e os primeiros serão últimos.

(1)  Um homem possuía uma grande vinha, onde colhia bastante uvas. Um dia, saiu de casa bem cedo para procurar novos trabalhadores para seu vinhedo.       

(2)  Chegando à praça da cidade, perto de sua casa, encontrou alguns homens sem emprego. Combinou com eles o salário daquele tempo, que era um denário por dia. Os operários, satisfeitos, aceitaram imediatamente o convite e, por ordem do proprietário, seguiram para o trabalho da vinha.

(3,4) As nove horas da manhã, o vinhateiro voltou à praça, onde havia sempre, como era costume naquela época, pessoas que procuravam serviço. Encontrou mais alguns homens desempregados e disse-lhes: - Ide também trabalhar na minha vinha. Eu vos pagarei o que for justo.
 E os trabalhadores seguiram para o campo e começaram sua tarefa.

(5) Ao meio-dia o vinhateiro voltou à mesma praça e fez o mesmo, contratando novos trabalhadores.

(6)  As cinco horas da tarde, pela última vez nesse dia, esteve no mesmo local, onde encontrou igualmente alguns homens sem serviço.

      (7)   Perguntou-lhes, então:
       - Por que estais aqui, o dia inteiro, desocupados?
      E os homens responderam:
       - Senhor, aqui estamos porque ninguém contratou nossos serviços até agora.
      Respondeu o vinhateiro:
       - Ide também vós trabalhar na minha vinha.

      (8)   Ao anoitecer, o senhor da vinha chamou o administrador e disse-lhe que fizesse o pagamento dos salários aos trabalhadores. Naqueles tempos, os operários recebiam o pagamento diariamente; esse salário de cada dia era chamado jornal. Por isso, eram chamados também jornaleiros.

     (8) - Chama os trabalhadores e paga-lhes o salário, começando pelos últimos e acabando pelos primeiros - ordenou o vinhateiro.

      (9)  Foram chamados os que chegaram às cinco horas da tarde e só trabalharam uma hora.
E cada um deles recebeu um denário. E assim, os outros que começaram a tarefa às três horas da tarde e ao meio-dia.
(10)   Por fim, chegaram os que começaram o serviço pela manhã bem cedo. Pensavam que iriam receber mais (pois viram os trabalhadores da última hora receberem um denário).

O administrador, porém, pagou igualmente aos primeiros um denário. Então, estes começaram a resmungar contra o senhor da vinha, alegando:

     - Estes últimos trabalharam somente uma hora e tu os igualaste a nós, que agüentamos o peso do dia e o calor sufocante.

O proprietário, entretanto, disse a um deles que mais murmurava: - Meu amigo, eu não te faço injustiça; não combinaste comigo o jornal de um denário? Recebe, pois, o que te pertence, sem reclamação.

Eu quero dar aos últimos tanto quanto dei a ti. Não achas que tenho direito de fazer o que me agrada daquilo que me pertence?
Por que sentes ciúme e inveja? Não tenho, por acaso, o direito de ser bondoso?

      Termina Jesus a Parábola dizendo: "Assim, os últimos serão os primeiros e os primeiros serão últimos".

      Esta bela estória mostra como Deus executa Sua Perfeita Justiça. À primeira vista, parece que os operários queixosos tinham razão de reclamar contra o vinhateiro, pois eles trabalharam mais tempo que os últimos, que só tiveram uma hora de serviço.
Esse é o raciocínio humano, é idéia da justiça humana, que só considera o lado exterior das coisas.

      No caso da parábola, os operários não tinham direito de reclamação, porque estavam recebendo o salário combinado na praça com seu patrão. Era o salário comum naquele tempo, para o trabalho de um dia.

O senhor da vinha havia prometido pagar um denário e cumpriu sua palavra.
Não houve nenhuma injustiça da parte do proprietário da vinha. Ele quis pagar também um denário, isto é, o salário justo, aos trabalhadores de última hora, certamente porque viu que o serviço feito por estes, nessa única hora, foi feito com boa vontade, amor e cuidado.
Ele considerou, não o tempo, mas, a qualidade do serviço feito.

      Assim é a Justiça Divina. Ela nos recompensará todo dia, um dia após o outro e também na Eternidade, pelo trabalho que fizermos em favor do Reino de Jesus na Terra. A recompensa, porém, será dada, não em consideração ao número de horas de nosso serviço, nem à quantidade do mesmo.
Não, Deus não olhará o lado exterior, visível, nem o volume de nossas obras.

Deus nos julgará pela qualidade de nosso trabalho, pela sinceridade de nossos atos, pela nossa boa vontade no auxílio aos outros, pelo amor, cuidado e dedicação com que cumprirmos nossas tarefas.

Deus olha a qualidade de nosso trabalho e não as horas de nosso serviço.
 A Justiça Divina considera nosso coração e nosso caráter e não nosso relógio e nossa balança.
        Que o seu serviço na Vinha do Evangelho, apartir de agora seja de amor e sinceridade, que só assim você crescerá espiritualmente, seja sempre feito com boa vontade, com sinceridade, com amor.

Que você não se habitue a reclamações.
Que você nunca inveje o que seja dado aos outros, como fizeram os trabalhadores das primeiras horas.
Respeite o trabalho e o entusiasmo dos companheirinhos novos, que vão chegando e começando a fazer alguma coisa para Jesus.

Não sinta ciúme, se eles receberem qualquer atenção, ou provas de bondade, dos pastores.

A Parábola é uma grande lição contra o espírito de reclamação, contra o espírito das queixas, contra o espírito do veneno, contra o espírito da inveja, contra o espírito da soberba, contra o espírito da falsidade.
    
  Que você procure fazer sempre, com boa vontade e humildade, qualquer serviço, pequenino ou grande, que Jesus confia ao seu coração.

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