A PARÁBOLA DOS DOIS FILHOS
(Mateus, capítulo 21, versículos 28 a 32)
28 MAS que vos parece? Um homem tinha dois filhos; chegando
ao primeiro, disse: Filho, vai trabalhar hoje na minha
vinha.
29 Ele respondeu: Irei, senhor - e não
foi.
30 E chegando ao segundo, disse-lhe o mesmo. Porém, este
respondeu: Não quero - mais tarde, tocado de arrependimento foi.
31 Qual dos dois fez a
vontade do pai? Responderam eles: O segundo. Declarou-lhes Jesus: Em verdade
vos digo que os publicanos e as meretrizes entrarão
primeiro do que vós no reino de Deus.
32 Porque João veio a vós no caminho da justiça, e não lhe destes crédito, mas os publicanos
e as meretrizes lho deram; e vós, vendo isto, nem vos arrependestes depois,
para lhe dardes crédito.
Um homem tinha
dois filhos. Ambos viviam com seu pai numa vinha que pertencia à família. Um dia, pela manhã, o pai chamou o menino
mais velho e disse-lhe: - Meu filho, hoje não irás ao
mercado da vila. Já fiz todas as compras necessárias. Vai trabalhar na vinha. O
jovenzinho, que era tido como um modelo de menino educado, pelas atenções que
dispensava a todos, respondeu com toda a delicadeza a seu pai: - Sim, meu pai, já vou.
A verdade, porém, é que prometeu, mas não foi. Desejaria ir ao mercado,
mas não trabalhar na vinha, colhendo cachos e mais cachos de uvas. Ficou
intimamente aborrecido com a ordem do pai, mas, não quis desrespeitá-lo com
palavras. E pensou consigo mesmo: - "Desejaria tanto ir ao mercado hoje...
Lá me encontraria com Joel e Davi... E meu pai me mandou catar bagos na
vinha... Não, não irei. Disse que iria, mas não vou... Não, não vou mesmo...E não foi.
Na mesma hora, também, o pai chamou o filho caçula, que era o
desobediente da casa. Muito rebelde, era considerado
pelos vizinhos "uma pestezinha", o oposto
do irmão mais velho.
O pai chamou-o, também, e disse-lhe: - Meu filho, não
terás que acompanhar teu irmão ao mercado hoje. Já chegaram as compras
que fiz. Vai trabalhar na vinha.
O menino, que era muito impulsivo, respondeu com muita aspereza ao pai:
- Eu, não... Não quero trabalhar na vinha... E correu. Entrando, instante
depois, em seu quarto, arrependeu-se das palavras brutas que disse ao paizinho
tão amigo e voltou a sala para pedir-lhe perdão. E
foi, com a consciência tranqüila, colher os cachos de uva nas lindas videiras
de seu pai.
Jesus contou esta Parábola dos Dois Filhos, em Jerusalém, aos sacerdotes
que duvidaram de Sua Missão e que não se arrependeram com as pregações de João
Batista. E é aos mesmos sacerdotes que Jesus pergunta, ao terminar a parábola:
- Qual dos dois filhos fez a vontade do pai?
-
O segundo.
E Jesus lhes disse: - Em verdade vos digo, que os publicanos
que roubam e as mulheres que pecam entrarão no reino de Deus antes de vós.
Porque João veio, exemplificando a justiça e a
vontade de Deus, e os pecadores o ouviram e se arrependeram de seus pecados,
começando uma vida nova. Mas, vós, que também ouvistes João, não vos
arrependestes nem crestes nele.
Você aceitou bem o significado da
Parábola dos Dois Filhos? O filho mais
velho era um menino de bons modos, muito educado, atencioso, de finas maneiras.
Era considerado por todos um modelo de
perfeita educação. Respondia e falava sempre com muita cortesia e não magoava a
ninguém com palavras.
E assim procedeu para com seu pai. Intimamente, porém, era um
rebelde, que só fazia o que desejava, só gostava de atender à própria vontade e
aos próprios caprichos.
Respondeu com delicadeza ao pai, mas, não obedeceu a ele. Era um
rebelde "invisível".
O segundo, o caçula, não tinha as maneiras polidas do irmão. Era,
muitas vezes, áspero de linguagem, mas, no fundo, não era mau nem revoltado.
Sabia reconhecer seus erros, pedia perdão de suas faltas e acabava
fazendo a vontade de seu pai.
No caminho de
nossa perfeição espiritual devemos proceder como o segundo menino da estória.
De nada nos valerá conseguir a aparência de pessoa educada,
caridosa e cristã, se interiormente não desejarmos fazer a vontade de Deus.
O menino mais velho é o símbolo das pessoas que aparentam muita
decência, delicadeza e fé, mas, praticamente são desobedientes à moral e à lei
de Deus.
O menino caçula é o símbolo da alma que é habituada ao erro e aos
maus costumes, à desobediência e à indelicadeza, mas, que reconhece seus erros,
arrepende-se sinceramente, pede perdão de suas faltas e depois faz o que devia
fazer, obedecendo à vontade de Deus e não aos seus caprichos.
Busque acima de
todas as coisas da vida, em todas as situações e em todas as horas, fazer a
vontade do Pai do Céu, sem discussões e sem rebeldia.
A Vontade de Deus é sempre o Bem, a Paz e a Verdade.
Que você diga
sempre a Deus: "EU VOU, MEU PAI DO CÉU" e vá mesmo. Você colherá as
lindas uvas da paz e da sabedoria do Alto, da bondade e da verdade eternas. E
pelo amor que obedece você estará com Deus para sempre...
Pastor Alfredo
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